A ficha cai quando acordamos de madrugada com medo do escuro. Quando nos levantamos pela manhã e nossos olhos estão inchados de tanto chorar. Quando a sede consome. Quando um pensamente passado se torna mais presente e imprevisível.

A ficha cai quando você decide fazer decições por você e não pelo outro e quando o amor já é pouco. O que basta, é caminhar sozinho com um pouco mais de coragem do que de costume.

Os dedos parecem trêmulos e frios, os lábios são mordidos frequentemente de forma leve, mesmo sabendo que em instantes irá sentir uma ardência.

A ficha cai, dói, pesa, corrói e persiste no silêncio que grita. O peso nos ombros é visível e as lágrimas nos olhos insistem em escorrer. E o que fazer? Jogar fora o que te faz mal, a tal ficha caída, amassada.

Mas se essa tal ficha for você, se entregue com a coragem.